terça-feira, 18 de outubro de 2011

CADA BRASILEIRO CONSOME EM MÉDIA 5,2 LITROS DE VENEDO POR ANO. ATÉ QUANDO VAMOS ENGOLIR ISSO?


No Brasil mais de um milhão de toneladas de veneno foram jogados nas lavouras em 2009.
São sete bilhões de dólares utilizados em compra de agrotóxicos no país, e a venda é controlada por apenas seis empresas transnacionais, as quais respondem por 80% do mercado internacional.
A utilização excessiva de agrotóxicos está diretamente ligada à política agrícola adotada, um modelo explorador que impulsionou o aumento da produção de forma dependente de pacotes agroquímicos, adubos, sementes transgênicas e veneno.
A utilização dos agrotóxicos na agricultura contamina o ar, os rios, os açudes, as terras cultiváveis e, de forma direta, boa parte dos alimentos consumidos pela população.
Dessa maneira, a contaminação passa a ser um problema de saúde pública e de degradação do meio ambiente. É preciso denunciar que o uso dos agrotóxicos afeta as pessoas do campo e da cidade, contaminando não apenas os agricultores que os produzem, como também quem os consome.
Na Paraíba não é diferente! O veneno está presente nos canaviais, nas plantações de fumo e de frutas e hortaliças consumidas in natura. A ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar vários tipos de câncer, anomalias, mutação, nos fetos, aborto e mortes de pessoas e animais.
Em contraposição a esse modelo, aqui no estado uma grande quantidade de famílias camponesas têm consolidado sistemas de produção e distribuição agroecológicos que utilizam, por exemplo, defensivos naturais, redes de feiras livres e bancos de sementes da paixão.
Dessa forma, torna-se necessário unir o campo e cidade no combate incessante da aplicação de veneno. O combate aos agrotóxicos é um dever de todo o povo que luta pela defesa da vida.

Por uma vida saudável, não consuma agrotóxicos! 

TROFÉU DRª. ZILDA ARNS


Na Edição do Prêmio Instituto HSBC Solidariedade de 2011, a Pastoral da Criança estará representada pela Paróquia de Santa Bertila, através do Projeto "Biblioteca Ambulante" que é organizada a cada Celebração da Vida. 
Este trabalho foi criado há três anos pela Líder Rosaria Medeiros que além de incentivar as crianças e sua família no hábito da leitura, também trabalha a preservação do meio ambiente com a entrega dos livros em Sacolas Retornáveis.
 À Líder Rosaria nossos parabéns pela iniciativa, bem como votos de sucesso na indicação dos premiados.


Pastoral da Criança da Diocese de Cajazeiras-PB participa do III Encontro Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional-SISAN/PB



  
Na última sexta-feira (dia 14) aconteceu na Câmara dos Dirigentes Logística (CDL) o III Encontro Regional de Implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, em Cajazeiras-PB. Contou com a participação dos palestrantes: Wécio Pinheiro Araújo, Conselheiro do CONSEA/PB, Assessor Técnico de Programas Governamentais – SEDH Pesquisador do PPGSS da Universidade Federal da Paraíba, Arimatéia França (presidente do CONSEA-Estadual), Aldenora Pereira (membro do CONSEA Nacional e da equipe da Pastoral da Criança Nacional), alunos graduandos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do IFPB Campus Sousa.
De fundamental importância foi à presença dos profissionais da área, juntos, para discutir questões importantes como a segurança alimentar, pois não se faz segurança alimentar sem ter o meio ambiente preservado e respeitado.
Contou-se, também, com a participação dos Presidentes dos CONSEA municipal, membros da Pastoral da Criança da Diocese de Cajazeiras, Associação Sócio Cultural e Ambiental (ASCA), Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano (CAAASP), O prefeito de Nazarezinho Junior Braga que, aliás foi o único prefeito dos 54 municípios do Alto Sertão que se fez presente, além de outras pessoas dos municípios do Alto Sertão Paraibano.
Durante todo o dia as discussões se deram em torno do Direito à alimentação para além meramente do alimento, o palestrante Wécio explanou alguns dados em nível de Brasil, levando em consideração a Paraíba.
A Paraíba ocupa o 3º lugar no ranking dos estados com maior taxa de insegurança alimentar e nutricional, ficando atrás o Maranhão e Roraima. No Nordeste ocupa o 2º lugar.
De acordo com dados do suplemento “Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA)” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 58,96% da população paraibana não consome a quantidade suficiente de nutrientes e integra quadros de insegurança alimentar no País. 17,84% da população, que equivale a 637.384 pessoas, passam fome na Paraíba.
Uns dos desafios e perspectivas das políticas de combate à fome é a Integração de setores para montagem de sistemas integrados: SISAN e Política de Segurança Alimentar e Nutricional, Ampliação e abrangência dos programas: universalização e busca ativa do público a ser atendido, aprimorar a participação da sociedade civil e a própria representação popular, SISAN. Primeiro sistema aberto organizador e integrador das ações governamentais e não governamentais.
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), instituído pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) é um sistema em construção, que tem como objetivo promover o direito humano à alimentação adequada em todo o território nacional. Trata-se de um sistema público, de gestão inter-setorial e participativa que possibilita a articulação entre os três níveis de governo para a implementação das políticas de segurança alimentar e nutricional.
Integrado por órgãos e entidades representantes da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios o Sisan tem por objetivos formular, implementar, monitorar e avaliar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional no Brasil, bem como estimular a integração dos esforços entre Governo e sociedade civil. Para isso, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) fornece apoio técnico ao processo de desenvolvimento regional de conferências, leis e decretos referentes ao tema e à regulamentação de câmaras intersetoriais, conselhos e de outras instâncias que atuem pela garantia do direito humano à alimentação.
Concluiu-se o encontro com a frase do ilustre Josué de Castro: "mais grave ainda que a fome aguda e total, devido às suas repercussões sociais e econômicas é o fenômeno da fome crônica ou parcial que corrói silenciosamente inúmeras populações do mundo".
Aparecida Ferreira
Comunicadora Popular da Pastoral da Criança
Diocese de Cajazeiras-PB